quarta-feira, 29 de junho de 2011

Ensino público e privado: razões do abismo

Os indicadores mais recentes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC), revelam uma triste constatação: piora o índice de qualidade na rede pública estadual do Rio Grande do Norte. As altas taxas de evasão e a reprovação escolar, em todos os níveis, mostram que existe uma diferença abissal entre o que é ensinado na rede particular e o que é ministrado nas escolas públicas. Em 2010, de acordo com o levantamento que ficou pronto no mês passado, 18,3% dos alunos matriculados no Ensino Fundamental da rede estadual norte-rio-grandense foram reprovados, enquanto a reprovação da rede privada foi de apenas 4,5%. O alento é o nível médio, onde não há diferença tão grande: a reprovação é de 6,4% nas escolas estaduais, e de 6,2% nas particulares.


Entre os estados do Nordeste, o Rio Grande do Norte aparece em 3º lugar no ranking de reprovação no que diz respeito aos colégios da rede estadual. O menoríndice é o do Maranhão (10%), e o maior de Sergipe (23,5%), que também amarga o pior percentual do país. Para secretária estadual de educação, Betânia Ramalho, parte da explicação sobre esse índice de reprovação reside na passagem do 5º para o 6º ano do Ensino Fundamental. "Com a mudança no sistema pedagógico, há uma dificuldade de acompanhamento, readaptação ao método de ensino. Sai a figura do professor polivalente, entra o professor por área de conhecimento. E, com a fragilidade na base do sistema, torna-se frágil sua continuidade", analisou.

A escola pública, segundo a secretária, ainda não tem atratividade para o aluno. Some-se a isso as condições sócio-econômicas desfavoráveis, a trajetória familiar do alunado e a falta de incentivo governamental. "A escola pública é um reflexo da sociedade brasileira. A rede privada, além de ter uma escola mais bem estruturada, tem a família que acompanha e fatores importantes para elevar os índices de aprovação, como aulas suplementares, de reforço, entre outros mecanismos".

Eleika Bezerra, educadora do Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE), complementa a informação da secretária, acrescentando que, enquanto o cliente da escola pública não alterar seu nível de exigência, sua qualidade vai ser questionada. "Me convenci de que a apatia, a indiferença dos que frequentam a escola pública é muito grave. A educação pública não é prioridade. Hoje em dia o governo incentiva o crescimento do número de matrículas, mas não adianta o aluno estar na escola se não se sabe o que acontece dentro dela", critica.
Fonte: Diário de Natal

Professores de ensino religioso discutem relações étnico-raciais

Cerca de 350 professores de ensino religioso, acadêmicos e representantes de movimentos sociais participaram do “Seminário de ensino religioso e educação para as relações étnico-raciais no Pará”. O evento, que ocorreu dias 28 e 29 deste mês, aconteceu no auditório do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE), da Universidade do Estado do Pará (Uepa). O objetivo foi discutir a implementação da Lei no. 10.639, que tornou obrigatória a inserção do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana no currículo da educação básica.
O encontro elaborou estratégias para aplicação de conteúdos que compreendam as religiões de matrizes africanas, para fornecer subsídios pedagógicos para uso em sala de aula e elaborar conteúdos para serem trabalhados, de forma articulada, com outras disciplinas. Para isso, a programação discute, entre outros temas, a sala de aula como um espaço de afirmação da diversidade étnico-racial e como um cenário de combate ao racismo.
Segundo o coordenador de Promoção da Igualdade Racial da Seduc, Hamilton Barreto, é preciso observar que “as matrizes africanas tradicionais que aqui chegaram se miscigenaram e, hoje, o que temos é diferente. O que temos aqui é diferente de como é na África”. Ele destacou também a importância de promover um trabalho articulado com a sociedade. “Neste momento, dialogar com a sociedade civil organizada é fundamental”, disse.
A professora de ensino religioso do Instituto Bom Pastor, Clenilda Andrade, dividiu com a plateia um pouco de sua experiência positiva sobre o assunto. Ela é uma das coordenadoras do projeto "Raça e etnicidade afroindígena: resistência e desafios", que promove oficinas e palestras, entre outras ações em sala de aula, com o objetivo de trabalhar a autoestima. Atualmente, seus alunos fazem intercâmbio de correspondência com alunos de uma escola angolana.
“A ideia principal das nossas atividades é: gosto de ser o que eu sou”, explicou a professora. Ela apontou que, até pouco tempo, alguns livros didáticos ainda chegavam às escolas apresentando comportamento discriminatório com a naturalidade. “Cheguei a ver livros tratando crianças negras como 'as erradas', sempre em situação inferior às demais”, relatou, acrescentando que esse tipo de comportamento também está disseminado no seio da sociedade. “Precisamos treinar o nosso olhar, fazendo isso dentro de sala de aula”, completou.
Mari Chiba - Seduc

Ex-ministro da Educação deixa legado importante para a educação brasileira

Paulo Renato Souza, ex-ministro, mudou a educação no Brasil”, os dizeres são do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Aos 65 anos, Paulo Renato sofreu um ataque cardíaco fulminante e morreu. O ocorrido foi na noite de sábado em um resort na cidade de São Roque, interior de São Paulo. Ele sentiu uma tontura, depois de uma dança e desmaiou. O ex-ministro chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

“O ex-ministro deixou um grande legado na área da educação. Foi ele quem criou, durante sua gestão, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o Exame Nacional de Desempenho de Estudante (ENADE)”, relembra Emileide da Costa, tutora do
Portal Educação.

Nascido em Porto Alegre, Paulo Renato era formado em economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Um dos fundadores do PSDB, foi ministro da educação no governo Fernando Henrique Cardoso (entre 1995 e 2002) e secretário de educação do Estado de São Paulo no governo José Serra (entre 2009 e 2010) e no governo Franco Montoro (entre 1984 e 1986).

Entre os passos importantes para a educação também está a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef), além da Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

Por Redação Pantanal News/Portal Educação

Inspirados pelo Autismo

Mariana Tolezani no quarto de brincar do Programa Son-Rise

Algumas crianças e adultos com autismo, quando abordados com inspiração, apreciação e entusiasmo, têm se desenvolvido muito além dos níveis ditados pelas abordagens convencionais do autismo. Sentir-se inspirado por uma pessoa com autismo é o primeiro passo para ajudá-la a desenvolver a motivação para aprender e para interagir socialmente.
A Inspirados pelo Autismo dedica-se a informar, inspirar e habilitar os pais e profissionais a ajudar crianças e adultos com autismo a superar suas dificuldades e alcançar novos patamares de desenvolvimento. Utilizamos uma abordagem educacional relacional e responsiva baseada no Programa Son-Rise® para pessoas diagnosticadas com autismo.
O Programa Son-Rise apresenta uma abordagem altamente inovadora e dinâmica ao tratamento do autismo e outras dificuldades de desenvolvimento similares. Você pode conhecer mais sobre o método assistindo aos Vídeos do Programa Son-Rise Online.

Inspirados pelo Autismo oferece
Serviços Personalizados para ajudar os pais e profissionais a desenvolver um programa personalizado para cada família. Nossos Workshops oferecem aos pais e profissionais as informações e técnicas necessárias para começar a implantar um programa de desenvolvimento baseado no Programa Son-Rise em suas casas, escolas ou clínicas.

Fonte: info@inspiradospeloautismo.com.br